A boa notícia é que há tratamentos que aliviam o problema.
A secura vaginal é um dos problemas mais comuns nas mulheres que estão passando pela menopausa ou que já passaram por ela. Cerca de 80% delas podem apresentar ressecamento na vagina e sentir desconfortos como queimação, coceira ou dor durante o sexo. Tudo isso altera a auto-estima e a qualidade de vida.
O grande problema é que muitas mulheres se sentem constrangidas em falar sobre o assunto até mesmo com o seu médico.
Outras ainda pensam que a secura vaginal na menopausa é normal e apenas faz parte do envelhecimento. Não é não.
Nosso conselho é: “Não sofra em silêncio, vá ao médico. Existem tratamentos que aliviam o problema”.
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Não sofra em silêncio. Vá ao médico.
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Afinal, o que causa a secura vaginal?
A secura vaginal é um dos sintomas da atrofia vaginal, também conhecida como vaginite atrófica, que acontece quando há o afinamento e a inflamação das paredes da vagina.
A atrofia vaginal pode acontecer em qualquer idade e tem várias causas, como a amamentação, tratamentos contra o câncer, uso de antidepressivos, estresse, falta de excitação sexual, entre muitas outras.
No climatério, que vai da perimenopausa à pós-menopausa, a secura vaginal acontece por causa da diminuição na produção do hormônio estrogênio reduzindo a umidade na vagina e na área vulvar.
O estrogênio é o hormônio responsável pelo desenvolvimento sexual feminino e pela regularidade menstrual. Ajuda a promover a saúde óssea e da pele e dá suporte a outros tecidos do corpo. O estrogênio também pode determinar a atividade cerebral e o humor.
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Quais são os sintomas da secura vaginal?
A atrofia vaginal afeta a qualidade de vida e a sexualidade da mulher.
O ginecologista Luciano Pompei, presidente da Associação Brasileira de Climatério (SOBRAC), explica:
“A atrofia vaginal é um dos sintomas da pós-menopausa que, geralmente, acomete as mulheres a partir dos 50 anos de idade. Entre os sinais mais comuns estão a secura, queimação, irritação, coceira e dor durante a relação sexual. É preciso ter consciência sobre essa doença e saber que existe tratamento”.
Os sintomas mais comum são:
- Secura vaginal
- Desconforto
- Inflamação
- Coceira
- Ardência
- Irritação da pele
- Queimação durante o sexo
- Dor ao sentar, fazer exercícios, fazer xixi.
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Como tratar a secura vaginal?
É bom destacar que secura vaginal não tem cura, pois é decorrente do fim da produção de hormônios sexuais femininos. Mas, há tratamentos que podem amenizar o problema diminuindo o desconforto e possibilitando uma vida sexual com mais qualidade. Entre eles a administração de hormônios de uso tópico em forma de cremes, óvulos e comprimidos.
No Brasil existem diversos tratamentos disponíveis. O ginecologista Luciano Pompei aponta alguns:
- Lubrificantes vaginais sem ingredientes hormonais ativos
- Hormônios na forma de creme vaginal
- Óvulos e comprimidos de estradiol, lançados recentemente.
“Trata-se de um comprimido, intravaginal, que proporciona uma liberação gradual e controlada do estradiol (um tipo de estrogênio que o corpo produz) nas células da mucosa vaginal. É um tratamento seguro e eficaz de longo prazo. Quanto mais cedo for iniciado, melhor para a paciente”.
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Estilo de vida também ajuda a aliviar sintomas
Algumas mudanças no estilo de vida podem ajudar as mulheres a aliviar os sintomas da atrofia vaginal:
- Parar de fumar: Fumar diminuir os níveis do hormônio feminino estrogênio e aumenta o risco de desenvolver atrofia vaginal, bem como outras condições, como a osteoporose .
- Evitar produtos perfumados: Isso inclui pós, sabonetes, desodorantes e amaciantes. É importante observar que certos lubrificantes perfumados e espermicidas também podem irritar a vagina e causar ressecamento.
- Praticar exercícios: A prática regular de atividade física ajuda no equilíbrio hormonal.
- Manter-se bem hidratada: Isso pode ajudar a manter os níveis de umidade no corpo.
Imagem: Aman Shrestha/Unsplash.