Especialmente as mulheres vivendo a menopausa, saber como viver mais e melhor ajuda a escolher um estilo de vida saudável
Aos 50 anos, as mulheres estão vivendo a maturidade, menopausa e pós-menopausa , e passando por experiências únicas em suas vidas. Mas, esse também é o momento de melhorar ou tomar as decisões corretas para viver melhor a próxima etapa. Quem sabe essa poderá ser simplesmente a metade de nossas vidas?
Claro, todas sabemos que os 50 anos são um momento importante para mudar o estilo de vida e adotar hábitos saudáveis. Mas, como?
Para a nutricionista Kathia Schmider, coordenadora técnica da ABIAD – Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres, é simples: as pessoas devem comer corretamente e fazer exercícios físicos.
Falando sobre as mulheres na menopausa e pós menopausa, ela diz mais:
“Especialmente as mulheres após a menopausa sofrem com perda de massa óssea, que causa enfraquecimento dos ossos e aumento expressivo do risco de fraturas. Isso é fato. Porém, como cada pessoa vai entrar nesse momento depende do seu estilo de vida pregresso. Quanto mais saudável foi essa pessoa e, no caso dos ossos, o quanto de reserva de cálcio ela fez, melhor ela entra nessa fase, reduzindo riscos de acidentes.”
AFINAL, COMO VIVER MAIS E MELHOR?
Conversamos com a nutricionista Kathia Schmider sobre como viver mais e melhor.
Quais os desafios das mulheres 45,50+ para uma vida mais longa e saudável?
Partindo-se do princípio de que o envelhecimento é um processo natural, diminuições da funcionalidade celular e de sistemas, como o endócrino, imunológico, entre outros, aumentam as possibilidades do aparecimento de doenças como as DCNT (doenças crônicas não transmissíveis).
Na mulher pode-se dizer que os desafios mais comuns estão relacionados, principalmente com alterações nas taxas hormonais, o que altera o metabolismo.
Por esse motivo, esse é um período crucial para investir ainda mais em alimentação e hábitos saudáveis, ressaltando-se o importante papel do exercício físico. Além de todo o benefício para o corpo, a atividade física contribui positivamente para o gasto energético, que tem uma redução progressiva a partir dos 30 anos de idade. Isso é extremamente importante, já que após a menopausa ocorre mudanças significativas no corpo da mulher.
O que deve mudar na alimentação?
Uma alimentação regular, com o consumo de frutas, legumes, verduras, cereais integrais e redução do consumo de gorduras saturadas e açúcares é um fator diferencial, pois diminui o risco da instalação de certas doenças.
Como exemplo, uma dieta adequada, considerando um reforço de proteínas e nutrientes, apresenta um benefício no combate à perda de massa óssea e massa magra.
Quais as suas dicas de nutrição para a longevidade?
As principais dicas estão relacionadas ao consumo de alimentos que tragam benefícios para o corpo e que garantam mais disposição e saúde. Como exemplos, alimentos ricos em fibras, vitaminas e proteínas. Suplementos alimentares auxiliam nesse processo como complemento alimentar, e no caso das mulheres o colágeno, que melhora a saúde da pele e auxilia nas articulações ósseas, contribuindo para o seu fortalecimento, hidratação e elasticidade.
Porque o exercício é tão importante para viver mais?
A atividade física trabalha lado a lado com a nutrição. Somadas, se potencializam para oferecer à mulher ainda mais benefícios. Separadamente, melhoram a força e resistência muscular, auxiliando também no funcionamento de órgãos, controle de pressão arterial e manutenção do peso corporal. Ainda ajudam no retardo do envelhecimento e na prevenção de doenças, como a sarcopenia.
E as dicas para quem tem mais de 60 anos?
Cito aqui dois fatores de risco bastante comuns advindos pela idade mais avançada e que podem ser controlados: a perda da massa óssea e da massa muscular, fator que, no passado, era pouco divulgado.
Idosos perdem volume dos músculos e, consequentemente, força. Como uma das funções do sistema muscular é proteger o esqueleto, com a redução de sua capacidade, a coluna vertebral, bacia e joelhos, por exemplo, ficam mais expostos a dores, contusões e fraturas. Associado a essa perda muscular, há ainda o aumento do risco de quedas pela perda de equilíbrio, aumento da dificuldade em subir e descer escadas ou mesmo se levantar de cadeiras.
Dietas adequadas com reforço proteico e de alguns nutrientes, a exemplo do cálcio, somadas à atividade física são recomendações específicas para esses dois casos, mas essa dupla “alimente-se bem e mexa-se” apresenta excelentes resultados em qualquer pessoa idosa.
Ao mesmo tempo, por ter fatores de risco associados ao envelhecimento, é ainda mais importante aos idosos terem uma orientação profissional para o as questões nutricionais e de atividade física, como consumo adequado de suplementos alimentares, redução da ingestão de açúcar e sal e qual o tipo e intensidade de prática física mais indicada para o seu perfil, limitações e necessidades.
Quer envelhecer bem?
“Minha dica é: pratique a dupla alimente-se bem e mexa-se”.
Imagem de capa: Web Daytona/Pexels
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