Atualizado em: 7 de novembro de 2018

Os riscos do sobrepeso são bem conhecidos.  No entanto, a obesidade continua crescendo no planeta e já é considerada um problema de saúde pública.

Então, não podemos mais fechar os olhos e continuar com os mesmos hábitos que levam ao aumento de peso.

Os riscos do sobre peso são inúmeros. O peso excessivo pode levar ainda a outras doenças como o diabetes, a hipertensão, o câncer.

A especialista Valéria Moro, médica nutróloga e coach, explica porque a obesidade é um gravíssimo problema de saúde e que todos podem evitar.

Porque a obesidade está crescendo tanto  

“A obesidade é uma doença crônica que se caracteriza pelo excesso de gordura corporal e traz graves riscos à saúde. Resulta de um desequilíbrio entre a ingesta e o gasto de calorias, onde o consumo de energia é maior do que o gasto, o que resulta em excesso de gordura.

Os fatores responsáveis pela obesidade incluem a genética, fatores hereditários, fatores culturais, fatores ambientais, estilo de vida.

Nas últimas décadas o desenvolvimento socioeconômico facilitou o acesso ao consumo de alimentos altamente energéticos, bebidas açucaradas, fast food.  O consumo exagerado desses alimentos pouco nutritivos, assim como o baixo consumo de verduras, legumes e frutas e a falta de atividade física são os maiores responsáveis pela epidemia da obesidade no Brasil e no mundo.

Pelo acentuado aumento da prevalência nas últimas décadas, tanto nos países desenvolvidos como nos países em desenvolvimento, é considerada uma epidemia mundial (OMS,2000).

A obesidade acomete um indivíduo predisposto num ambiente favorável ao ganho de peso”.

Os riscos do sobrepeso

“A obesidade, por si só, é uma doença e um fator de risco para o diabetes, a hipertensão, as dislipidemias (as alterações do metabolismo das gorduras, como o colesterol e os triglicérides). Também há associação da obesidade com outras doenças como vários tipos de câncer.

O excesso de peso aumenta a resistência da ação do hormônio insulina, desta forma favorecendo o aparecimento do diabetes. Indivíduos obesos apresentam maior chance de desenvolver hipertensão arterial, pois o excesso de peso corporal é um dos principais determinantes da elevação da pressão arterial.

Estudos mostram que em crianças obesas o risco de desenvolver hipertensão arterial é três vezes mais do que as crianças de peso adequado a sua idade.”

Como sair dos riscos do sobrepeso

“O diabetes e a hipertensão são doenças crônicas que necessitam de tratamento crônico, pois podem afetar outros órgãos como coração, rim, artérias. Muitas vezes faz-se necessário o uso de medicamentos, mas a modificação do estilo de vida através de uma alimentação saudável e a prática da atividade física alcançando a perda de peso são fundamentais para o tratamento.”

Obesidade é um grave problema de saúde pública

“A obesidade é considerada uma epidemia mundial tanto nos países desenvolvidos quanto nos países em desenvolvimento e está relacionada à maior morbidade e mortalidade da população.

É considerada um grave problema de saúde pública. A obesidade infantil é fator de risco para a obesidade no adulto e para todas as doenças a ela associadas. Os custos para o tratamento da obesidade e das doenças a ela relacionadas também são muito maiores.”

É possível prevenir a obesidade?

“A obesidade pode e deve ser prevenida em todas as fases da vida.

Aleitamento materno pode prevenir obesidade ao bebê

A gestante deve ser incentivada a ter uma alimentação saudável, fazer o seguimento do pré-natal, evitar ganho de peso excessivo na gestação e consumir alimentos naturais ou minimamente processados em quantidades adequadas. Nesta fase o incentivo aos bons hábitos beneficia a gestante e o bebê em formação.

O aleitamento materno está relacionado à menor chance de obesidade ao bebê amamentado bem como proporciona à lactante retornar mais facilmente ao peso habitual anterior à gestação. A Organização Mundial de Saúde preconiza aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade e complementar até os 2 anos ou mais.’

Infância é mais saudável sem alimentos processados

A alimentação complementar na infância introduzida de forma correta, evitando-se o consumo de alimentos processados e ultraprocessados, como as guloseimas, sucos artificiais, fast food, alimentos açucarados bem como o incentivo a uma alimentação saudável com o consumo de arroz, feijão, carnes magras, peixes, verduras, legumes e frutas favorece a manutenção do peso adequado.

Evitar os riscos do sobrepeso deve continuar na adolescência

A adolescência também é uma fase importante para a prevenção onde a alimentação saudável e o incentivo à prática da atividade física são fundamentais para a manutenção do peso saudável.

A obesidade é uma doença crônica cujo tratamento envolve modificações importantes no estilo de vida, incluindo hábitos alimentares saudáveis e a prática da atividade física. Exige mudanças no comportamento alimentar sendo necessário disciplina, determinação e motivação.

Pela alta prevalência no Brasil e no mundo, pelo risco maior de outras doenças a ela associadas bem como as dificuldades com relação ao tratamento, a prevenção é fundamental!”

* Dra. Valéria Moro é médica nutróloga – CRM: 85.656. Médica pela Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto; especialista em Pediatria pelo Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto; especialista em Nutrologia pela ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia); Coach e Analista Comportamental pela SLAC (Sociedade Latino Americana de Coaching); formada Tutora da Estratégia Nacional para Promoção do Aleitamento Materno e Alimentação Complementar no Sistema único de Saúde.

Foto de capa : Fuu J/Pexels

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