Atualizado em: 16 de dezembro de 2021

O Natal tem muitas magias. Uma delas é despertar nossas memórias afetivas.

Por: Mirtes Wiermann Editora SempreBem

Hum…. de repente, um aroma delicioso vem da cozinha em casa, ou de um restaurante, passando na rua. E esse cheirinho bom nos leva a pensar em algo que aconteceu há vários anos. Ele nos traz uma lembrança afetiva, que pode ser de um almoço barulhento com a família, um jantar divertido com os amigos na juventude, um clima romântico num momento a dois….

As memórias afetivas são lembranças ativadas por sons, cheiros, sabores, cores. Sabe aquele cheiro da casa da avó, ou a música que embalava os primeiros namoros, ou os sabores da comida de um lugar que você visitou um dia?

As lembranças podem ser ruins (os traumas da vida, deixe prá la) ou boas. Vamos falar das boas, aquelas que despertam sensações de bem-estar e nostalgia.

Nossas melhores recordações de Natal, para sempre

O Natal e o Ano Novo são poderosos gatilhos de lembranças afetivas, aquelas que trazem alegria e esperanças de vida. Também são momentos em que repensamos nossos caminhos na vida.

Estamos em dezembro e, com certeza, estamos ativando nossas melhores recordações de Natal para viver o presente. Na hora de escolher os pratos para a ceia, quais presentes e brinquedos comprar, esses muitas vezes inspirados em nossa própria infância e juventude, ligar para pessoas importantes de nossa vida, como uma prima ou a melhor amiga.

Realmente, é um tempo de revisitar nossas melhores recordações de Natal e construir novas lembranças, para o futuro.

Conversamos com algumas queridas, que entraram em nossa vida recentemente, via redes sociais. Aqui, elas contam quais as melhores recordações de Natal na vida delas.

A cada ano, o Natal da Sonia vai ficando mais simples e afetivo

Professora de yoga Sonia Maggioto relembra o Natal
A professora de yoga Sonia Maggioto diz que, para ela, o Natal é cada vez mais simplicidade.

A professora de yoga, Sonia Maggiotto, que ensina os benefícios do yoga e da meditação, revela que está transformando o seu modo de vida para ser cada vez mais simples.

As melhores recordações de Natal da Sonia vêm da infância e dos encontros na família:

“Natal me lembra infância, encontrar primos, brincar e ver pais e tios juntos envolta da mesa. Simplesmente encontrar. 

Essa época do ano era muito esperada. Tínhamos roupa nova para o Natal e tudo vinha com um significado maior. Era gostoso, sensação de confirmar o pertencimento que a família representava.

Hoje, sem crianças por perto, resgato em mim a importância de receber meus familiares em casa, com esmero, com carinho e muita paz.

Natal, cada vez mais, vem com aceitação e com simplicidade, que o Menino Jesus nos relembra. A sofisticação está no coração sincero e amoroso”.

Os Natais na casa da avó embalam as lembranças afetivas da Daniela

Daniela Milani sorrindo enquanto fala do Natal
A coach Daniela Milani conta suas melhores recordações de Natal na infância.

A empreendedora Daniela Milani, que é coach e se dedica a ajudar as pessoas a reinventarem a sua profissão e sua história de vida, guarda na memória as melhores recordações de Natal dos encontros alegres e despreocupados vividos na casa dos avós.  

 “Eu nasci em uma família grande, minha mãe era a segunda filha de seis irmãos e a casa dos meus avós sempre foi o ponto de encontro dos natais da família. De cara, sem contar alguns agregados que vinham passar o Natal na casa deles já éramos algo entre 20 ou 25 pessoas.

A casa de meus avós era um sobrado grande, com um quintal que para mim, no alto de minha infância, parecia gigante e cheio de esconderijos e de brincadeiras de crianças. Afinal, na época, não tínhamos computadores e nem tablets. O nosso negócio era brincar, correr e suar até dizer chega…

Eu lembro de muitas coisas, mas mais especificamente do salpicão de frango que fazia a minha avó naquela época. Uma típica comida de minha família e que minha avó só fazia no Natal.

Eu sou natural de Curitiba, para quem não sabe, normalmente temos um tempo frio o ano inteiro. Mas dezembro, às vezes, era um pouco mais calor, o que fazia do salpicão da minha avó uma excelente pedida.

O salpicão era feito com peito de frango, azeitonas, palmito, pepino em conserva e maionese e era servido dentro daqueles canudinhos de massa de pastel frito, sabe? Aqueles que eram comuns nos anos 80\90 nas festas de aniversário. Nossa! escrevendo isso eu posso sentir o gosto do salpicão da minha avó agora na minha boca dentro daquele canudinho crocante! Uma delícia!

Também lembro do meu avô fantasiado de Papai Noel. Um horror, mas confesso que eu achava muito divertido. Ria até doer a barriga de ver ele, um homem alto e magro, e careca, vestido com uma máscara de plástico com uma barba branca e cabelereira sintética.

Mas, confesso que a lembrança dele de Papai Noel me aquece o coração e quase posso escutar a risada da minha avó quando via ele fantasiado de Papai Noel esbelto, entrando na cozinha.

Eu era a neta mais velha. Eu sabia que era o meu avô por baixo daquela máscara. Mas, os meus primos mais novos, por vezes, choravam ao ver aquele homem fantasiado, quase uma tragicomédia. Mas, são algumas das memórias mais interessantes que tenho de meus Natais em família.

Espero que vocês possam ter e cultivar cada dia mais suas memórias de Natal!”

Como uma experiência difícil mudou os Natais da Renata

Renata Fonteles com cabelos brancos sorrindo
Renata Fonteles, do regrisalha: “Uma noite de Natal mudou a vida da família”.

A Renata Melo Fonteles é uma professora do Ensino Fundamental apaixonada pela profissão. No início da pandemia, ela criou o perfil regrisalha no Instagran, para registrar sua transição para os cabelos grisalhos. E se tornou uma inspiração para milhares de mulheres que passaram a compartilhar suas próprias experiências.   

A Rê conta que o Natal mais marcante aconteceu em 2014. E que mudou a vida de toda a sua família.

“O Natal é uma data muito especial, quando reunimos a família e fazemos a troca de presentes. Eu amo a magia do Natal.

Só que para muitas pessoas, sem condições financeiras, o Natal não tem ceia nem presentes. O Natal de 2014 fez com que a minha família mudasse o jeito de passar essa data.

Meu pai havia sido diagnosticado com câncer. Ele tinha que ser operado com urgência, exatamente na semana do Natal.

Eu e a minha família passamos a noite de Natal no hospital.

E tudo se tornou diferente em nossas vidas.

O hospital estava lotado de pacientes, mas havia um silêncio enquanto as famílias cuidavam dos seus entes queridos.

Aquela noite me fez refletir muito sobre o verdadeiro sentido do Natal. Todos pensam em comprar presentes, roupas e fazer festa. E acabamos esquecendo o verdadeiro significado desse dia.

Naquela noite de Natal eu percebi que o essencial é o amor e carinho da sua família. Estarmos reunidos é o mais importante!

Olhei para aquele hospital em silêncio e pensei:

“Estou passando o Natal dentro de um hospital. E muitas pessoas estão na rua sem ter o que comer e nunca tiveram uma ceia de Natal e nem presentes”.

Depois daquele dia, eu e minha família passamos a nos reunir no dia do Natal e visitarmos os hospitais. Abraçamos aquelas pessoas que estão passando por momentos difíceis em suas vidas.

Por isso, aquele foi o Natal inesquecível da minha vida.

A cirurgia do meu pai foi um verdadeiro sucesso! Hoje ele faz a revisão anualmente e, graças a Deus, está cheio de saúde.

Depois desse Natal a nossa família ficou mais unida e feliz. Mudamos completamente”.

Como criar memórias afetivas

Estamos sempre criando novas memórias. As lembranças afetivas nos unem às pessoas e nos ajudam a seguir em frente.

  • Preparar refeições juntos são momentos para conversas prazerosas e boas risadas.
  • Compartilhar nossos sentimentos contando sobre nossas melhores lembranças.
  • Ouvir, com atenção, as histórias que contam para nós, seja uma criança ou um adulto.
  • Ouvir música, dançar e cantar criam cenas de felicidade que contagiam a nós e às pessoas que estão por perto, tornando-as inesquecíveis.
  • Fazer as refeições juntos.
  • Demonstrar afeto, que pode ser com beijos, abraços, olhares.

E, você, qual o seu jeito de criar incríveis memórias afetivas?

Foto de capa: Pexels / Barry Plott.

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