Atualizado em: 21 de agosto de 2020

Falar abertamente sobre o que é viver a menopausa não é para muitas pois o preconceito da sociedade ainda é grande. Para qualquer mulher, famosa ou não, viver a menopausa é um desafio.  

Por: Mirtes Wiermann

As famosas têm o poder de colocar suas conversas em destaque nas mídias sociais. Por alguns dias, Michelle Obama, nos Estados Unidos, e Claudia Raia, no Brasil, repercutiram um tema importante para as mulheres maduras: viver a menopausa. E, assim, chamaram a atenção para um assunto que ainda é tabu para muitos, e destacaram a invisibilidade da mulher à partir dos 45 anos, quando inicia o processo da menopausa.

“Era como se meu corpo estivesse ardendo” – Michelle Obama

Michelle Obama: como é viver a menopausa, destaque em seu podcast.

Nesse agosto, durante alguns dias, Michele Obama liderou o noticiário. Ao participar da convenção do partido dos Democratas para a presidência dos Estados Unidos com uma frase contundente: “Trump é presidente errado para os EUA” e, em seu podcast semanal, ao contar os detalhes da sua menopausa.

Vamos falar sobre viver a menopausa.

A ex-primeira dama dos EUA abordou um tema que é tabu e que leva a mulher para um mundo invisível em decorrência dos preconceitos da sociedade.  A entrevista dela foi destaque em vários países.

Aos 56 anos de idade, ela se abriu para o público e contou como começou a sentir os sintomas da menopausa: “Estava prestes a sair do Marine One quando uma sensação desagradável, de repente, tomou conta do meu corpo. Foi como se alguém colocasse uma fornalha em meu corpo e então tudo começou a derreter”.

O que a ex-primeira-dama estava passando naquele momento é um sintoma com o qual muitas mulheres que sofrem os sintomas da menopausa estão bem familiarizadas: uma onda de calor.

Mas, ao contrário dela, a maioria das mulheres na menopausa não se sentem à vontade em falar sobre o assunto. Assim como a primeira menstruação era um tabu em nossas adolescências, o fim do ciclo reprodutivo da mulher também é um tema difícil de ser tratado.

“Estou apenas começando o meu 2o. ato e ele será melhor”- Claudia Raia

Claudia Raia no programa de Sabrina Sato.

Não é a primeira vez que a atriz Claudia Raia, com 53 anos, fala sobre a sua experiência com a menopausa, que começou quando ela tinha 51 anos.

Algumas famosas já falam sobre o assunto na mídia. Mas, Claudia Raia é veemente.

Há poucos dias, em uma entrevista para a apresentadora Sabrina Sato, em seu canal no Youtube, Raia falou de novo sobre como,para ela, é viver a menopausa. E fez um desabafo:

“Ninguém fala sobre menopausa, e eu até entendo. Quando você chega aos 45 anos, mais ou menos, te jogam num buraco negro e dizem assim: “Chega, prá você acabou, você não procria mais, acabou sua carreira, teus filhos estão crescidos. Chega, você já deu. Como assim? Eu estou no momento mais fértil da minha vida, no momento mais criativo da minha vida, como é que acabou para mim?!! Estou começando meu segundo ato e ele é melhor que o primeiro. Como assim, acabou?!!!”.

A menopausa e a mulher invisível

As novas mulheres maduras 40, 50+, embora com mais oportunidades, ainda vivem o preconceito da sociedade.  

A menopausa é uma das razões para a saída de cena. Ela acontece entre os 45 e 55 anos de idade, mais ou menos, geralmente provocando mudanças biológicas, psicológicas e de vida que impactam a mulher. Nesse momento, a mulher entra para um mundo invisível, como disse Claudia Raia.

Jornalista Marcia Neder.

Recentemente conversei com a jornalista Marcia Neder, autora do livro “A revolução das mulheres”. O livro é uma análise da jornalista sobre o resultado de uma pesquisa que ela fez com centenas de mulheres.  

No livro, Marcia expõe a invisibilidade da mulher de 50 anos. Atualmente, com timidez, a indústria da beleza, da moda, da medicina está iniciando algumas ações de “descoberta” desse público e lançando produtos e serviços, inclusive dirigidos à menopausa. O mundo corporativo também caminha devagar com relação ao emprego e carreira da mulher de 50 anos. O preconceito de idade bate forte na mulher.  

“Eu tenho visto esse assunto sendo mais discutido, hoje em dia. Mas, ainda está longe de chegarmos a uma situação mais justa. Ainda há muito preconceito contra a velhice, continuamos invisíveis, perdura uma miopia das empresas em oferecer produtos e serviços para as pessoas maduras que não sejam para a falta de saúde, e o marketing reflete esse equívoco. Mudanças de comportamento na sociedade são muito lentas e com idas e vindas. A luta continua”, diz Marcia.

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