Atualizado em: 29 de março de 2023

A nutricionista Marianne Fazzi explica os benefícios da dieta Mediterrânea contra o Alzheimer

Se alimentar bem é uma premissa para uma vida longa, saudável e de uma velhice livre de demência, segundo um novo estudo publicado em março na revista Neurology.

Os pesquisadores da Universidade RUSH, em Chicago, nos Estados Unidos, sugeriram que as pessoas adeptas das dietas Mind e Mediterrânea tendem a acumular menos proteínas associadas à doença de Alzheimer no cérebro.

De acordo com a nutricionista Marianne Fazzi, Clínica Trivita, essas dietas são baseadas em alimentos frescos, isto é, in natura. Por isso, possuem vários nutrientes, que beneficiam a saúde mental e a prevenção de doenças crônicas.

Mais uma vez o estilo de vida com alimentação saudável ajuda a proteger o cérebro.

A DIETA MEDITERRÂNEA E O MAL DE ALZHEIMER

Para a realização do estudo, os pesquisadores rastrearam a dieta de 581 norte americanos idosos, com idade média de 84 anos. Eles foram orientados a responderem questionários anuais sobre suas alimentações até falecerem e concordaram em ter seus cérebros estudados após a morte. Depois do falecimento, os cientistas examinaram a mente de cada voluntário a fim de descobrirem quantas placas amiloides ou emaranhados da proteína tau haviam se formado. Ambos os componentes estão associados à doença de Alzheimer.

Os pesquisadores descobriram que os idosos que eram adeptos da alimentação englobada na dieta Mediterrânea se mostraram 18 anos mais jovens do que os idosos com outros tipos de alimentação. Já os adeptos da dieta Mind aparentaram ser 12 anos mais jovens.

ALIMENTAÇÃO NATURAL RICA EM NUTRIENTES

nutricionista explica que dieta mediterrânea ajuda contra o alzheimer
Nutricionista Marianne Fazzi explica que dieta mediterrânea ajuda contra o Alzheimer

A nutricionista Marianne Fazzi explica que a dieta Mediterrânea consiste no consumo de frutas, verduras, legumes, leguminosas (ex.: feijão, grão-de-bico, ervilha, soja), peixes, laticínios e gorduras boas (lipídeos mono e poli-insaturados) presentes em azeite, oleaginosas, sementes e nos pescados também.

Já a dieta Mind possui o mesmo princípio da Mediterranêa, mas com um maior estímulo ao consumo de alimentos que promovam a saúde cognitiva.

“Ingerir alimentos ricos em flavonoides e antioxidantes, que são aqueles alimentos avermelhados e roxos, que ajudam a preservar a função cognitiva”, pontua.

Segundo a nutricionista, o ômega-3 é essencial na formação das membranas cerebrais, assim como proteínas do complexo B e vitaminas E, C e Selênio.

“As membranas das bilhões de células cerebrais são construídas a partir do ômega-3. Há evidências que relacionam o baixo consumo desse ácido graxo a problemas cognitivos e que ele auxilia no tratamento de inflamações no cérebro. Além disso, as proteínas do complexo B estão associadas à produção de neurotransmissores, enquanto as vitaminas E, C e Selênio possuem ação antioxidante retardando o envelhecimento das células do cérebro”, ressalta a nutricionista.

Alimentos que contém esses nutrientes

  • Ômega-3: presente em frutos do mar, oleaginosas e sementes (linhaça, de abóbora…)
  • Vitamina E: ela é lipossolúvel, por isso está presente em alimentos gordurosos, como carnes, ovos, óleos e oleaginosas.
  • Vitaminas do complexo B – presentes em diversos alimentos, carnes, leite, ovos, peixes, cereais integrais, cogumelos.

    Imagem de topo: Master1305/Freepik

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