A especialista Verônica Motta, a VeveFit, explica como conseguir a barriga negativa com exercícios respiratórios bem simples
Por: Mirtes Wiermann
Ter uma barriga negativa, ou pelo menos uma cintura mais fina, é o objeto de desejo de quase todas as mulheres.
Com a maturidade, e todas as transformações impostas pela menopausa, a tendência é que as gordurinhas no abdômen aumentem, com implicações para a saúde e estética.
Além disso, para quem é mãe existe um outro problema: a diástase. Na gestação, os músculos do abdome se abrem para acomodar o bebe e é difícil voltarem ao normal após o parto resultando em uma barriga protuberante.
Diminuir a circunferência abdominal é um dos principais conselhos dados nos consultórios médicos e academias. Daí, afinar a cintura ou mesmo chegar à barriga negativa, que é quando a barriga parece voltada para dentro deixando a costela saliente, entra na lista de prioridades.
Mas, como?
Conversamos com uma especialista em barriga negativa, a Verônica Motta, mais conhecida como Veve Fit. Ela é formada em Educação Física e é especialista no Método Hipopressivo (Barriga Negativa) e no tratamento da diástase.
Recentemente, a Veve lançou o livro “Barriga negativa, atitude positiva: o método revolucionário que seu abdome e sua autoestima merecem”. No livro, ela ensina como eliminar de forma rápida e eficiente a flacidez abdominal e a diástase, além de reduzir a circunferência abdominal.
A TÉCNICA DA BARRIGA NEGATIVA

Verônica Motta estudou o Método Hipopressivo na Espanha. No Brasil, para ajudar a popularizar o método, o chamou de barriga negativa. Ela também criou uma plataforma para ensinar profissionais e alunos.
“O programa Barriga Negativa consiste em cinco minutinhos por dia de exercícios e duas vezes na semana a prática de outra técnica respiratória chamada RAP, que significa Respiração com Ativação Profunda, que eu também ensino para as minhas alunas. A gente trabalha a ativação voluntária do nosso cinturão natural, que é o músculo do transverso abdominal. Ensino as meninas a apertarem a sua cintura natural durante os exercícios de respiração específicos.”
Verônica conta que faz os exercícios bem cedo, depois de acordar e tomar água.
OS BENEFÍCIOS DA BARRIGA NEGATIVA
A especialista diz que o maior benefício da técnica é diminuir a circunferência abdominal.
“É possível reduzir a circunferência abdominal de 4 a 12 cm em 3 meses fazendo exercícios de 5 minutos diários. E, uma vez por semana um treino mais longo de 20 minutos.”
Há outros benefícios igualmente importantes, como:
- Prevenção e tratamento para incontinência urinária
- Prevenção de hérnias de todos os tipos
- Melhoria na respiração
- Melhoria na postura
- Melhor funcionamento do intestino por causa da massagem visceral promovida pelo exercício
- Alívio de dores nas costas
- Melhoria no desempenho esportivo e sexual
AFINAR A CINTURA NA MENOPAUSA
A menopausa traz muitas mudanças no corpo da mulher. O acúmulo de gordura no abdome é uma delas.
“Trabalho há mais de 20 anos com mulheres e a gordura na barriga é um pesadelo para todas as idades. É uma dor, literalmente, das mulheres e dos homens.”
A professora explica que os exercícios da barriga negativa ajudam a recuperar as medidas.
“Os exercícios da barriga negativa favorecem muito a perda de medidas porque eles trabalham a musculatura profunda, independente do biótipo, do metabolismo, da idade, se a mulher teve ou não filhos ou quantos filhos, porque é um treinamento da musculatura profunda. Então, todas terão resultados independente da idade e de estarem ou não seguindo dieta.”
SE OS EXERCÍCIOS ABDOMINAIS AJUDAM
Veve Fit é contundente: “Não.
“O abdominal convencional é interessante para fortalecer o músculo. A gente tem as fibras de tônus e as fibras de força. O abdominal vai ajudar a fortalecer, mas nada que precise ser trabalhado mais que uma vez na semana. E, no momento do esforço abdominal, é preciso conter a barriga, não deixar ela ir pra fora. Atualmente, eu não faço abdominais convencionais, faço apenas a técnica do RAP e o Hipopressivo.”
PORQUE ESCREVER UM LIVRO SOBRE BARRIGA NEGATIVA

Depois de ter dois filhos Veronica Motta se deparou com um desafio de todas as mães: a diástase, que é a separação dos músculos retos abdominais provocados, nesse caso, pelas duas gestações e que deixa a barriga protuberante ou flácida.
“Resolvi escrever o livro porque quando eu precisei dessas informações eu não tive. Então, o maior objetivo desse livro é facilitar o caminho das mulheres que, assim como eu, tentaram muitas coisas e não conseguiram recuperar suas barrigas.
Ele também tem um fator comportamental que é estimular as leitoras a terem disciplina, entenderem que se cuidar vai impactar diretamente na auto estima.
O livro vai muito além da barriga negativa. A atitude positiva é o que vai fazer que a nossa autoestima se eleve e que alcancemos os resultados”.
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É POSSÍVEL EVITAR A DIÁSTASE
“Evitar a diástase pra quem não vai ter filho é possível. Agora, todas as mulheres que geram um filho terão diástase. O músculo abdominal precisa se afastar para aumentar o espaço dentro da cavidade abdominal para que o bebe se desenvolva.
O problema vem depois. As mamães não sabem o que fazer para recuperar a musculatura. Muitas não sabem nem o que é diástase e ficam com a barriguinha de grávida por anos, insatisfeitas, escondendo atrás das roupas, atrás dos filhos, evitando ir à praia, piscina, colocar um vestido mais justo… A gente precisa trabalhar esse retorno do abdome”.
E A FLACIDEZ ABDOMINAL?
“Sobre a flacidez abdominal, sim, é possível evitar. Os exercícios da barriga negativa trabalham o tônus muscular e conseguimos deixar a barriga mais durinha e lisinha. A técnica da barriga negativa não vai definir a barriga, deixar ela sarada, é uma técnica que vai afinar a cintura e deixar a barriga mais retinha.”
AOS 40 ANOS DE IDADE, COMO ESPERA PASSAR PELA MENOPAUSA
“Na verdade, fiz meus exames hormonais há três meses e já entrei numa pré menopausa, mas ainda não tenho sintomas. Quero continuar ativa, com meus hábitos de vida saudáveis, nem neura, sabendo que posso ter minhas escapadas com os meus filhos, com meu grupo social, mas fazendo boas escolhas”.
Foto de topo: Divulgação
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