Atualizado em: 22 de outubro de 2023

“Cuide dos seus achados, esqueça os seus perdidos” é uma frase da escritora Aurê Aguiar repleta de significados e interpretações.

A jornalista e escritora Aurê Aguiar escrevia um post quando criou a frase Cuide dos seus achados, esqueça os seus perdidos. Isso foi em 2014 e, de lá prá cá, a frase viralizou nas mídias sociais. Agora, a frase virou o título do livro que a mineira, que mora em Vitória – ES, está lançando pela Citadel Grupo Editorial.

A frase de Aurê Aguiar “Cuide dos seus achados, esqueça os seus perdidos” é repleta de significados e interpretações.

Na obra, a autora traz reflexões sobre relações humanas, sentimentos, vida adulta, empatia, entre outros. São crônicas e poesias que resgatam memórias de sua infância, quando já era atenta aos sentidos. Falam de arte, dos filhos, do invisível, do silêncio e da escrita, “um dos vários jeitos de multiplicar o amor”, ela diz.

No livro, a escritora ensina a importância de deixa passar o que não mais pertence. Não de esquecer, mas de seguir. Na contramão dos ‘perdidos’, os ‘achados’ remetem a valorizar o que se tem, desenvolver gratidão.

Nós conversamos com a escritora Aurê Aguiar sobre a delicadeza de seu livro e as reflexões que ele traz sobre os acontecimentos da vida.

O título do livro “Cuide dos seus achados, esqueça os seus perdidos” é um grande insight. Perguntamos para a escritora o que essa frase pode significar para as mulheres com mais de 40, 50 anos, vivendo a maturidade, com experiências de vida acumuladas e tanto ainda para viver.

“Esta frase marca um período meu de desatenção à vida real, àquela em que altos e baixos fazem parte do processo.  A frase me veio como uma possibilidade de olhar por outro ângulo, dores e perdas que estavam travando minha vida. Descobri, nas minhas palavras, um mapa de desapego às dores. A palavra tem força, faz acontecer. Quanto mais cedo entendermos isso, melhor, mas na maturidade temos mais repertório para lidar com as perdas e saber que podemos criar novos cenários subjetivos que reforcem nossa potência de viver.”

“Na maturidade temos mais repertório para lidar com as perdas e saber que podemos criar novos cenários subjetivos que reforcem nossa potência de viver.”

Devemos esquecer as situações tristes da vida?

Ninguém consegue esquecer 100% as tristezas, nem é o caso. Tristezas fazem parte da vida. O que proponho no livro não é esquecer as perdas e as tristezas, mas “guardar apenas uma deslembrança, uma memória do esquecimento que nos acompanha e ensina.” Isso foi o que escrevi como um alerta pessoal e que, agora, está compartilhado.

Como valorizar o que se tem e desenvolver gratidão?

Um olhar demorado sobre os nossos achados pode ser um bom exercício de gratidão. Não é fácil, requer intenção e disposição para a prática. Da mesma forma como aprendemos a respirar para expandir os pulmões e aproveitar melhor o ar que inspiramos, exercitar a gratidão expande a nossa alma.

No livro, você fala sobre serendipidade, o ato ou capacidade de descobrir coisas boas por mero acaso. Como reconhecer as coisas boas que chegam para nós?

Eu costumo dizer que estou sempre pronta para tropeçar na sorte, mesmo que eu rale os joelhos. Coisas boas nem sempre nos chegam com bons modos. É preciso flertar com a vida para ganhar um beijo de volta.

No livro eu cito uma frase do cientista Louis Pasteur: “O acaso favorece a mente preparada”. E gosto de completar que favorece a mente preparada e o coração puro.

São os nossos olhos infantis que captam a serendipidade. Ouvir respostas do universo antes de fazer perguntas só é possível através da inteligência do coração, da sintonia com o amor.

“É preciso flertar com a vida para ganhar um beijo de volta.”

O que te inspirou a escrever esse livro?

Os anos iniciais da pandemia da Covid-19 foram especialmente difíceis. Acumulamos perdas de muitas naturezas. Senti necessidade de ajudar, de alguma forma, a ressignificar a palavra perda. O título do livro é uma frase minha que viralizou há quase 10 anos e me veio subitamente como um achado.

A minha escrita é a minha cura pessoal através da palavra, desde sempre. Ao escrever o “Cuide dos seus achados. Esqueça os seus perdidos” o que faço é colocar minha palavra à disposição do máximo de pessoas e torcer para que tenham um efeito semelhante ao que ocorreu comigo.

De qual experiência você aprendeu, o que te fortaleceu?

A essência da vida é aprender. É o nosso não-saber contínuo que nos estimula a ir além, a caminhar mesmo quando não se vê ao certo o caminho. Experiências boas e ruins ensinam. Embora a dor nos aplique valiosas lições, eu confio no amor como a melhor via de aprendizado. A força do amor é transformadora. Nenhuma fonte é maior. Os momentos em que doei e/ou recebi amor foram os que mais me fortaleceram.

“Embora a dor nos aplique valiosas lições, eu confio no amor como a melhor via de aprendizado.”

Quais as coisas mais importantes em sua vida?

O amor e a saúde do corpo e da alma.

Qual o seu recado para as mulheres?

Apoiem-se. É curto assim. Mulheres, apoiem-se. Sempre e cada vez mais.

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Foto de topo: Divulgação

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