Atualizado em: 21 de julho de 2023

A boneca Barbie, criada em 1959, continua um sucesso; psicanalista e psicóloga falam sobre como ela estimula a autoestima feminina

Uma das estreias mais aguardadas deste ano, o filme Barbie levou 1,2 milhões de pessoas aos cinemas em sua estreia no Brasil, nessa quinta-feira, 20 de julho. Um recorde de público que tornou a cor rosa uma tendência em moda e decoração.

Embora Barbie, uma boneca icônica, seja a estrela do filme, ele não é indicado para crianças. Por aqui, ele recebeu indicação para maiores de 12 anos.

Protagonizado pela atriz Margot Robbie, como Barbie, e Ryan Gosling, como Ken, o filme aborda temas mais maduros e diálogos sugestivos, segundo o crítico Gustavo Klein. “O filme é voltado para adultos que cresceram brincando com a Barbie”, disse o jornalista.

A revolução da boneca Barbie: celebrando a mulher real, além dos padrões estéticos

Márcia Cunha fala dos sintomas emocionais da menopausa

Por décadas, essa icônica boneca representou o ideal de beleza e perfeição estética, mas hoje, a Barbie está liderando uma verdadeira revolução, trazendo uma mensagem de inclusão, empoderamento e humanização para o contexto das mulheres reais, desmistificando a ideia de mulher perfeita.

Se a Barbie existisse de verdade, ela teria por volta de seus 64 anos e se a história acompanhasse as etapas de idade da boneca, muito provavelmente, hoje ela estaria na menopausa, outro assunto envolto de preconceitos no universo da mulher.

“Se a Barbie abrir espaço para pensarmos nessas mulheres reais, ainda mais levando em consideração que ela foi criada em 1959, podemos, então, sim, pensar na menopausa como um processo natural e uma etapa importante na vida da mulher, que se estiver munida de informação estará preparada e empoderada para esse período”, diz Márcia Cunha, psicanalista e CEO da Plenapausa, primeira femtech focada na saúde da mulher a partir da menopausa.

“É essencial refletir sobre o impacto que a Barbie tem na representação feminina e na autoimagem das mulheres. Ela está desafiando o status quo, lembrando-nos de que todas as mulheres são belas, poderosas e dignas, independentemente de qualquer ideal imposto”.

Barbie pode influenciar a autoestima das mulheres, diz psicóloga

psicologa fala sobre a boneca barbie

Diferente do que muita gente imagina, o filme da Barbie está longe de nutrir o ideal da mulher ser o sexo frágil. A história da boneca aponta para uma mulher forte e independente, começando pelo slogan: “você pode ser tudo que você quiser”.

Prova disso são as inúmeras profissões que a boneca teve ao longo da história, sendo mais de 180 carreiras. Algumas, ainda dominadas por homens, como: astronauta, piloto de avião, engenheira robótica, piloto de corrida, desenvolvedora de jogos, entre outras.

A psicóloga Ana Streit chama a atenção para o que estes aspectos da personagem ensinam para as mulheres. “A Barbie mostra para a mulher que ela é importante e valiosa. Que pode ter a carreira que quiser, e, principalmente que somos protagonistas de nossas vidas”.

 Hoje, a mulher tem um espaço maior no mundo dos negócios, mas que foi conquistado aos poucos. E ainda está longe de ser o ideal. Mas, a Barbie já vem apontando isso há pelo menos 60 anos.

“Outra lição que o filme aponta é que o parceiro dela o Ken, é secundário. Ela existe e faz sucesso sem necessariamente ter uma figura masculina ao lado para garantir o seu valor na sociedade. Tem muita mulher que não se sente plena por não ter um relacionamento ou mesmo, que se sujeita a um companheiro abusivo, só para não ficar sozinha. Quantas meninas nunca tiveram um Ken e sempre brincaram felizes com sua Barbie?” diz Ana.

 Outro ponto, é a tendência social que cobra a mulher para ter filhos e uma família. Foram lançados alguns pequenos bonecos, que fizeram o papel de filhos, mas, isso não é o centro da história da Barbie.

“O convite implícito é que existe a possibilidade da mulher escolher se quer ter filhos ou não, e, se quer ter um relacionamento conjugal, ou não. Mas, nada disso é compulsório, e sim, uma escolha”, pontua a psicóloga.

Antes mesmo do lançamento do filme, nos desenhos da Barbie, a personagem já trazia alguns ensinamentos. Ela passava por processo de altos e baixos e sempre conseguia resolver os empecilhos por ela mesma sem a necessidade de um “salvador”, mesmo com um par no final. Segundo a psicóloga, o filme aborda questões que devem ser refletidas pelas mulheres, como: a realidade de uma sociedade patriarcal e os impactos do machismo no que uma mulher entende que sejam seus sonhos e desejos, bem como, os desafios enfrentados pelas mulheres no seu espaço profissional.

 “A psicologia não é uma ciência desconectada da sociedade, pelo contrário. É preciso compreender as questões contextuais que nos impactam como seres humanos, e que se interrelacionam constantemente com o nosso mundo interno”, finaliza Ana Streit.

A jornada da boneca Barbie, tanto no filme, quanto ao longo de sua história, pode ser vista como uma oportunidade de importantes reflexões sobre o papel da mulher na sociedade e as atualizações deste papel ao longo dos anos.

Imagem de topo: Warner Bros. Pictures / Divulgação

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